quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Será que nós saberíamos identificar uma criança superdotada?

Será que seu filho é superdotado?

Mariana Milani - Psicóloga


Geralmente, quando pensamos em superdotados, imaginamos aquele garoto “nerd” de óculos, estudioso ou aquele geniozinho cientista. Acontece que esses estereótipos nem sempre revelam um superdotado e, certamente, não abarcam a totalidade de perfis de pessoas superdotadas. Os Portadores de Altas Habilidades, como também podem ser chamados os superdotados, são curiosos, criativos e aprendem tarefas com facilidade. Muitas vezes, surpreendem os pais com habilidades precoces, vocabulário avançado em comparação com crianças da sua idade e raciocínios complexos.



Ser um superdotado, ou Portador de Alta Habilidade (PAH), significa situar-se acima da média das pessoas em relação a alguma habilidade relevante. As características pessoais dos superdotados variam muito, mas existem alguns traços comuns entre eles.



Confira algumas características de superdotados:


· Rapidez e facilidade para aprender, abstrair ou fazer associações;

· Criatividade;

· Capacidade para analisar e resolver problemas;

· Independência de pensamento;

· Habilidade excepcional para esportes, música, artes, dança, informática ou outros talentos;

· Curiosidade e senso crítico exagerados;

· Senso de humor;

· Investimento nas atividades de interesse e descuido com as demais;

· Bom relacionamento social e liderança;

· Aborrecimento com a rotina;

· Hipersensibilidade.


Problemas comuns:


O que poucas pessoas sabem é que as crianças superdotadas nem sempre são bem-sucedidas. Se a inteligência privilegiada as ajuda a compreender mais facilmente problemas e situações, a falta de orientação pode atrapalhar o desenvolvimento psicológico e criar uma barreira para a inserção social. Pois, apesar da mente rápida, para o bom desenvolvimento emocional, essas crianças precisam das mesmas coisas que as outras (às vezes em maior quantidade): acolhimento, compreensão, sentimento de pertencer ao grupo (escola, família) e nem sempre isso ocorre pois, em primeiro lugar, elas são diferentes do grupo e percebem isso rapidamente; depois, a superdotação pode provocar desconforto nas pessoas (familiares, colegas, professores, etc.) que se relacionam com a criança, até mesmo sentimento de inferioridade, e isso pode prejudicar o relacionamento.



Muitos superdotados olham o mundo através de lentes de aumento e por serem diferentes da maioria, enfrentam dificuldades em se adaptar a um mundo que não foi feito para pessoas como eles. Outros, procuram diminuir a expressão do seu talento, procurando ficar mais parecidos com o grupo e isso pode acabar gerando apatia e desmotivação.

O resultado são adultos que desperdiçam potencial intelectual por dificuldade de se relacionar com o mundo exterior.



Alguns superdotados passam por dificuldades no relacionamento social. Muitas vezes procuram a companhia de pessoas mais velhas, na tentativa de encontrar parceiros com o mesmo nível intelectual ou o mesmo tipo de interesses. O medo de não ser aceito, especialmente na adolescência, pode levá-lo à ansiedade e a um maior envolvimento com atividades individuais.



Por outro lado, algumas crianças superdotadas precisam ficar sozinhas, talvez mais do que as outras crianças, para satisfazer seus interesses pessoais. Os pais precisam compreender e aceitar essa necessidade, desde que ela não se transforme num isolamento total.



A resistência em aceitar regras é normal entre os superdotados, pois muitas vezes eles não as consideram justas nem necessárias, ou não compreendem o seu objetivo. Os pais devem analisar os limites que estão impondo e explicar ao filho os motivos dessa conduta.



Outra dificuldade que a família costuma enfrentar é a falta de tolerância do superdotado. Ela deve ajudá-lo no processo de autoconhecimento, fazendo-o perceber que a convivência em sociedade exige esforço e compreensão de todas as pessoas.



A enorme curiosidade faz com que os PAHs procurem campos pouco explorados pelos outros, apresentando interesses exóticos. Isso pode acarretar dificuldades operacionais para a família. A solução é conversar com a criança ou adolescente e explicar quais são os limites de tempo, financeiros, por exemplo, que se apresentam. Como podem ser extremamente exigentes com seu desempenho, e igualmente criativos, talvez encontrem, junto com seus pais uma solução.



Os Portadores de Altas Habilidades podem ser classificados em diversos tipos, enquadrando-se em um ou mais de um, de acordo com o Ministério da Educação e da Cultura.



· intelectual: costuma ser flexível, independente e mostra fluência de pensamento, produção intelectual, julgamento crítico e habilidade para resolver problemas;

· social: revela capacidade de liderança, sensibilidade interpessoal, atitude cooperativa, sociabilidade expressiva, poder de persuasão;

· acadêmico: demonstra boa capacidade de produção, atenção, concentração, memória, interesse e motivação pelas tarefas acadêmicas;

· criativo: tem facilidade para encontrar soluções diferentes e inovadoras. Exprime-se bem, é fluente, original e flexível;

· psicomotricinestésico: destaca-se pela habilidade e interesse por atividades físicas e psicomotoras, agilidade, força e resistência, controle e coordenação motoras;

· especialmente talentoso: esse indivíduo tende a se destacar nas artes plásticas, musicais, literárias e dramáticas, revelando uma capacidade acima da média das pessoas em geral.



Conclusão:


Os pais precisam identificar, o quanto antes, a superdotação do filho e dar instrumentos para que ele possa colocar seu talento em prática. A observação da criança e a aplicação de testes de inteligência podem ser muito úteis. Um psicólogo pode ajudar e orientar os pais nesse processo.

Os pais de um superdotado precisam ser claros com seu filho, explicando que ele tem um talento especial, mas que não é melhor do que os outros. É importante ressaltar que no grupo social é a diversidade de talentos que traz a diversão e o desenvolvimento e que cada pessoa tem uma contribuição valiosa a dar.

Ele precisa ter a certeza de que seus pais o compreendem e de que poderá falar quando quiser sobre suas dificuldades. Dessa forma a família o ajudará a desenvolver uma boa auto-estima.

Estimular a convivência com outras crianças, encontrando amigos capazes de desenvolver e compartilhar determinadas atividades e descobrindo os talentos complementares dos outros, também faz parte do papel dos pais.

Além disso, os pais precisam acompanhar seu filho na busca de materiais e informações que o ajudem a dar vazão à sua curiosidade. Se ele se gostar de ciência ou história, por exemplo, pais e professores deverão ajudá-lo a encontrar livros, sites e estudos interessantes sobre o assunto.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Quando eu decidi falar sobre crianças superdotadas foi justamente por ter tido a oportunidade de conviver com uma e não saber lidar com ela e não conhecer nada sobre o seu mundo e sobre essa "característica especial". A curiosidade de saber mais e de conhecer esse universo, despertou o meu interesse. A verdade é que todas as crianças são especiais em seu modo de ser, pensar e agir, porém as crianças superdotadas enxergam o mundo de uma forma um pouco diferente. Pude compreender que cientificamente falando, o cérebro de uma criança superdotada é diferente do de uma criança nao suspedotada. O que acontece é que o lado intelectual do seu cérebro se desenvolve mais, o que a torna uma gênio. Porém, o seu lado do cérebro responsável pela socialização e sensibilidade é afetado e pode não se desenvolver. E é isso que geralmente acontece e as crianças superdotadas tendem a não ser tão sociáveis e a criarem um mundo só delas, se interessando por atividades que estimulam o seu cérebro e te desafiam intelectualmente, não demonstrando tanto interesse por atividades físicas, por exemplo. O dia-a-dia de uma criança superdotada pode vir a ser bem conturbado, caso essa criança não seja compreendida, visto que eles tendem a frustar-se facilmente ou ficar "entediado". Essas crianças precisam de acompanhamento psicilógico constantemente e de atividades que estimulem todo o seu cérebro, como por exemplo, atividades físicas  e sociais, além do incentivo da imaginação, criatividade e brincadeira/descontração.

Angélica.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Crianças superdotadas
Nesta seção, falaremos sobre o que torna uma criança superdotada, como avaliar seus talentos especiais e o que fazer para encorajá-la a desenvolvê-los.

Quem é superdotado?

É difícil determinar a precocidade do desenvolvimento mental de uma criança e é particularmente difícil avaliar em crianças muito pequenas. Os educadores reconhecem dois tipos de dotes, o intelectual e o criativo, e os programas para crianças superdotadas hoje são rotulados "para superdotados e talentosos". Os indivíduos superdotados intelectualmente são pensadores lógicos, capazes de muita concentração interior e têm QI de 130 ou mais. A maioria das pessoas superdotadas criativamente são imaginativas, adaptáveis e é provável que se envolvam em trabalhos artísticos; elas têm QI de pelo menos 120.

Crianças brilhantes e saudáveis, provenientes de ambientes estimulantes, freqüentemente podem se enquadrar nessas classificações. Normalmente, elas são muito questionadoras sobre o mundo ao seu redor, são criativas com as palavras quando estão aprendendo a falar e, enquanto estão brincando, são criativas com os brinquedos. Alguns adoram livros e aprendem a ler bem antes da idade escolar. Eles são ávidos para aprender e alguns mostram, logo cedo, indícios de um interesse e de um talento especiais para música, arte, teatro ou dança. O mundo da fantasia é um chamado forte para alguns, que usam a imaginação de modo criativo.

Avaliando crianças superdotadas

Se você é mãe ou pai de uma criança que pode ser superdotada, provavelmente você está feliz com isso. Mas, ao mesmo tempo, pode estar preocupado. Você pode estar dividido entre pressionar demais e estimular o suficiente para desafiar o seu filho brilhante. Uma avaliação formal é a maneira mais confiável para determinar se o desenvolvimento de uma criança a situa na classificação oficial dos superdotados e talentosos. Uma criança que sabe ler aos 3 ou 4 anos é considerada pronta para os testes, mas os pais devem ter consciência de que uma avaliação feita tão cedo talvez não seja tão correta quanto uma feita mais tarde.

A avaliação de uma criança superdotada deve ser realizada por uma pessoa ou por um serviço que tenha experiência com crianças pequenas e também com os testes e métodos de interpretação apropriados. Isto envolve o uso de certos testes padronizados que medem o desenvolvimento dos níveis de habilidade e de talento, mas a avaliação quase nunca envolve o uso de testes de inteligência, em razão da instabilidade do QI em idades precoces. Os resultados de uma avaliação indicam quais as áreas de aprendizado que uma criança pode começar a dominar em idade precoce e o nível de leitura apropriado para a criança. Uma vez conhecidos os resultados, você pode considerar opções como entrar mais cedo para a escola e o envolvimento em programas especiais. Os pais interessados em fazer avaliações podem utilizar seu pediatra, agências sociais ou programas para superdotados.

Características das crianças superdotadas
Muitas crianças superdotadas e talentosas não lêem antes de ir para a escola; a leitura precoce não é o único critério de uma habilidade mental ou criativa excepcional. Se você tem interesse que uma avaliação seja feita com o seu filho e ele não sabe ler, é uma boa idéia acumular provas de informação. Mantenha um registro escrito de suas observações sobre o comportamento avançado do seu filho. Use exemplos e anote características como estas:

  • fala precoce, com vocabulário semelhante ao de um adulto e questões ou observações excepcionalmente perspicazes ou astutas;
  • memória excelente;
  • habilidade especial para desenho ou outro trabalho artístico;
  • habilidade de se concentrar numa atividade por longos períodos de tempo.
Os educadores também sugerem que você continue a encorajar a curiosidade natural do seu filho, sem pressionar ou forçar. Proporcione quaisquer experiências enriquecedoras que puder, principalmente as que o seu filho gosta. Aproveite oportunidades em livrarias, museus infantis e afins. Tente encontrar outros pais dispostos a se juntar a você e dividam seu conhecimento e entusiasmo enquanto levam as crianças a passeios educativos adequados. Procure oportunidades em sua vizinhança: uma construção, onde o seu filho pode ver caminhões, máquinas e materiais de construção; o corpo de bombeiros local, onde o pessoal talvez esteja disposto a conseguir uma excursão de verdade se você solicitar com antecedência; uma viagem de ônibus pela cidade, que pode ser uma experiência emocionante para uma criança que em geral só anda de carro. Há experiências de aprendizado disponíveis em quase toda parte por onde você anda com o seu filho.

Lembre-se de que a mais superdotada das crianças é criança em primeiro lugar, superdotada depois. É fácil tratar uma criança superdotada como se ela fosse bem mais velha; no entanto, elas são imaturas para algumas coisas. Ao mesmo tempo em que a criança brilhante de 3 anos pode ter a capacidade cognitiva de uma de 5, ela pode ter a coordenação corporal ou o desenvolvimento social e emocional de uma de apenas dois anos e meio. Todas as crianças, quaisquer que sejam seus potenciais e capacidades, precisam do amor, da atenção e dos conselhos de pais que não tentem transformá-los em miniaturas de adultos.
http://www.hsw.uol.com.br/como-estimular-a-mente-de-uma-crianca7.htm



Fonte: UOL - Como tudo funciona.

Boas vindas!

Oi, meu nome é Angélica e moro nos Estados Unidos há 4 anos e meio. Sou estudante de Pedagogia e trabalho como nanny desde que cheguei aqui. Tive a oportunidade de conhecer e conviver com crianças de todos os gênios e personalidades, porém uma vem me chamando a atenção e por isso decidir estudar e conhecer um pouco mais sobre o universo dos superdotados. Sintam-se a vontade em colaborar e não esqueçam de participar da nossa enquente. Até breve...